O Projeto em Rede

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Tecnologia da Informação

domingo, 23 de agosto de 2009

CRIANÇA: CENTRO DO MUNDO

Pessoal,
Convido a todos para visitarem o ning Criança: centro do mundo e deixarem suas colaborações.
http://criamundo.ning.com

quarta-feira, 10 de junho de 2009

domingo, 7 de junho de 2009

TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO

Tecnologia

domingo, 24 de maio de 2009

QUEM SOU


Meu nome é Hellen e este texto retrata a educadora que está empenhada na qualificação da educação e certa de que isso só ocorre quando estamos em constante formação.
Na função de orientadora pedagógica observo a ação educativa que está sendo desenvolvida pelo coletivo, assim como oriento os profissionais a buscarem qualificar suas práticas e, nesse sentido proponho pesquisa, estudo, reflexão para que entendamos a necessidade e a co-relação entre formação e qualidade do trabalho. Utilizo-me muito da expressão “ensinantes-aprendentes” para definir profissionais reflexivos.
Apesar do receio de alguns educadores utilizo estratégias para incentivá-los e auxilia-los propondo troca de informações e entrega de documentos, planos de ensino, avaliações e textos para estudo todos por correio eletrônico. O instrumental que utilizam para pesquisa inclui livros, revistas e material publicado na Internet.
Alguns educadores fazem uso de blogs para troca de experiências e materiais, conectam-se a sites de conhecimentos gerais buscando informações que diferenciam as aulas agregando informações que vão além do saber historicamente construído.
O educador pré era digital necessitava trazer todas as informações, detinha o conhecimento na mesma proporção que o aluno era um mero receptor.
Em minha prática de sala de aula entre os anos de 1986 a 2004 como professora de matemática, de alunos de ensino fundamental e EJA, procurei sempre diversificar o trabalho incluindo pesquisas e desenvolvendo projetos com os alunos utilizando mídias escritas e televisadas, vídeos, filmes, músicas e mais recentemente o laboratório de informática. Com a utilização sistemática dos computadores do laboratório as aulas ganharam em qualidade, mas infelizmente a escola não conseguiu manter o funcionamento das máquinas. No ano que saí haviam duas ou três máquinas em condições, mesmo assim com recursos de um professor que comprou e instalou os equipamentos e pentes de memória.
Do mimeógrafo a álcool até a impressora a laser foram doze anos numa escola onde muito tivemos que estudar, planejar, preparar com o objetivo de melhorar o ensino oferecido àquela comunidade. Por três anos desenvolvemos o projeto Iniciação Tecnológica, que oferecia aos alunos noções de eletro-eletrônica de instalações e eletrodomésticos, e depois em parceria com o COC e subsídios do governo israelense, pode associar a elétrica com a computação. Haviam kits que permitiam instalações de alarmes, iluminação de teatro de fantoches, iluminação de rua de maquete e outros, que controlados por um programa eram acionados via computador central. A falta de incentivo e de equipamentos colocaram fim ao projeto.
É frustrante envolver-se de corpo e alma num projeto, buscar os conhecimentos necessários, motivar os alunos, construir com eles uma educação diferenciada e ver esses retrocessos acontecerem por falta de políticas públicas.
Acredito na inclusão digital e sei que a educação sub-utiliza a tecnologia neste país por vários fatores, pelo custo dos equipamentos e pela falta de conexão via banda larga devido às distâncias, dificultando educadores ensinantes-aprendentes a uma formação digital.
Além do trabalho como orientadora sou casada há vinte e um anos, tenho um filho de dezesseis anos cursando o ensino médio.
Gosto muito de ler e assistir bons filmes e reportagens, mas não tenho interesse por novelas, humorísticos, big brother e talk shows. A literatura abre caminhos para a reflexão a partir de novos questionamentos. Adoro trabalhar com artesanato, principalmente utilizando agulhas, linhas e bordados com pedrarias, mas também arrisco a decoupage e a costura. Este tecer, bordar, mesclar cores e pedras dão uma sensação de rede, de entrelaçar conhecimentos e com isso crescer intelectualmente, além de oferecer momentos de descontração e construção do “belo”.
Espero que aproveitem as informações que vamos disponibilizar, mas contamos também com a colaboração de todos para compartilhar seus conhecimentos.
Sejam bem vindos!!!

REFLEXÕES: ENSINAR E APRENDER NO MUNDO TECNOLÓGICO

Tecnologia em educação não se resume apenas em instrumentos eletrônicos com n giba bites ou acesso em rede, mas sim e também de objetos que sejam ricos em despertar os sentidos, e lembrando o texto das Sereias, as crianças e também a terceira idade vêm prazer em descobrir, em apender. Até mesmo o mais rudimentar objeto desperta o prazer pelo conhecimento, ao educador cabe permear os processos, e para isso deve mostrar a intencionalidade no fazer pedagógico.
Com minha afirmação não estou negando o uso das tecnologias, mas afirmando que ela deve estar presente em todos os momentos de aprendizagem. A criança aprende utilizando todos os sentidos, e parafraseando Lóris Malagucci a criança é composta de cem linguagens e todas devem ser igualmente estimuladas dando todas as condições para que construa suas hipóteses e se aproprie do mundo.
Na educação não existe continuidade no entendimento de como a criança, jovem, adulto aprendem, à partir do ensino fundamental a criança passa a fazer parte de uma estatística, que precisa adquirir tais conhecimentos até determinada fase. Há uma lista de conteúdos, disciplinas estagnadas em si mesmas, a interdisciplinaridade tão defendida na década de 90 somente acirrou mais os ânimos para a separação total. O professor não entende as vantagens em transpor os limites de determinado assunto ou a aplicação dos conhecimentos em diferentes conteúdos, apenas compartimentaliza.
A tecnologia presente nas instituições de ensino dariam conta em oferecer o diferencial na aprendizagem, pois a evolução constante dos equipamentos permitem oferecer estímulos sensórios e interação de conceitos de diferentes disciplinas tornando a aprendizagem significativa, mas por outro lado ainda encontramos educadores temerosos de que seus alunos dominem as máquinas melhor que eles. A tecnologia não faz parte dos cursos de formação e, muitas vezes devido a custos, nem da vida das pessoas.
Como todo assunto tem vias de mão dupla cabe ressaltar também que alguns educadores acreditam que somente a tecnologia dará conta de oferecer a educação. São horas dispendidas em laboratório e o “produto” final não difere do que poderia ser feito num quadro de giz.
O diferencial na aprendizagem/ensinagem, como diria Paulo Freire é que cada um se reconheça crítico a ponto de buscar cada vez mais conhecer o que ensina. Há que se fazer o educador ter clareza da real necessidade de uma formação contínua, seja sobre a forma de ensinar como na de aprender.

EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

Segundo o professor Ladislau Dowbor a escola não está preparada para oferecer o conhecimento no sentido de proporcionar formação continuada, à criança e jovem não ensina a pesquisar e organizar os materiais produzidos, está apegada a toneladas de livros e apostilas sem que haja uma relação com o que se pode produzir com o uso da tecnologia.
Com a crise econômica e conseqüente desemprego e perda de renda o mundo fica cada vez mais à deriva, visto ser nesses momentos que as pessoas precisam de conhecimento para se reerguer, para recomeçar numa nova área e a escola está fechada para ele. A escola só consegue atender àquele que fará uma formação completa, não para se especializar ou buscar o que seria necessário.
Para que a escola consiga atender dessa maneira acredito que toda a organização deverá ser revista. O vestibular, funil que elege apenas os que conseguiram aprender formalmente, precisa urgentemente ser revisto, pois a escola que prepara para essa etapa, mesmo sem ter essa intenção está organizada nestes moldes. Tudo está atrelado ao que as universidades desejam dos futuros alunos. Aliás com grande discrepância. Para chegar à universidade são conteúdos necessários e ao iniciar os cursos as pesquisas passam a ser “conteúdos” e também a capacidade crítica de resolver problemas.
A crítica à escola precisa mudar o foco, e está em discussão o vestibular e seus moldes de realização. À partir daí poderíamos pensar uma escola, utilizando as palavras de Dowbor, não no sentido democratizante no acesso, mas do acesso de qualquer pessoa quando necessitar de uma formação específica.