O Projeto em Rede

O Projeto em Rede
Tecnologia da Informação

domingo, 24 de maio de 2009

QUEM SOU


Meu nome é Hellen e este texto retrata a educadora que está empenhada na qualificação da educação e certa de que isso só ocorre quando estamos em constante formação.
Na função de orientadora pedagógica observo a ação educativa que está sendo desenvolvida pelo coletivo, assim como oriento os profissionais a buscarem qualificar suas práticas e, nesse sentido proponho pesquisa, estudo, reflexão para que entendamos a necessidade e a co-relação entre formação e qualidade do trabalho. Utilizo-me muito da expressão “ensinantes-aprendentes” para definir profissionais reflexivos.
Apesar do receio de alguns educadores utilizo estratégias para incentivá-los e auxilia-los propondo troca de informações e entrega de documentos, planos de ensino, avaliações e textos para estudo todos por correio eletrônico. O instrumental que utilizam para pesquisa inclui livros, revistas e material publicado na Internet.
Alguns educadores fazem uso de blogs para troca de experiências e materiais, conectam-se a sites de conhecimentos gerais buscando informações que diferenciam as aulas agregando informações que vão além do saber historicamente construído.
O educador pré era digital necessitava trazer todas as informações, detinha o conhecimento na mesma proporção que o aluno era um mero receptor.
Em minha prática de sala de aula entre os anos de 1986 a 2004 como professora de matemática, de alunos de ensino fundamental e EJA, procurei sempre diversificar o trabalho incluindo pesquisas e desenvolvendo projetos com os alunos utilizando mídias escritas e televisadas, vídeos, filmes, músicas e mais recentemente o laboratório de informática. Com a utilização sistemática dos computadores do laboratório as aulas ganharam em qualidade, mas infelizmente a escola não conseguiu manter o funcionamento das máquinas. No ano que saí haviam duas ou três máquinas em condições, mesmo assim com recursos de um professor que comprou e instalou os equipamentos e pentes de memória.
Do mimeógrafo a álcool até a impressora a laser foram doze anos numa escola onde muito tivemos que estudar, planejar, preparar com o objetivo de melhorar o ensino oferecido àquela comunidade. Por três anos desenvolvemos o projeto Iniciação Tecnológica, que oferecia aos alunos noções de eletro-eletrônica de instalações e eletrodomésticos, e depois em parceria com o COC e subsídios do governo israelense, pode associar a elétrica com a computação. Haviam kits que permitiam instalações de alarmes, iluminação de teatro de fantoches, iluminação de rua de maquete e outros, que controlados por um programa eram acionados via computador central. A falta de incentivo e de equipamentos colocaram fim ao projeto.
É frustrante envolver-se de corpo e alma num projeto, buscar os conhecimentos necessários, motivar os alunos, construir com eles uma educação diferenciada e ver esses retrocessos acontecerem por falta de políticas públicas.
Acredito na inclusão digital e sei que a educação sub-utiliza a tecnologia neste país por vários fatores, pelo custo dos equipamentos e pela falta de conexão via banda larga devido às distâncias, dificultando educadores ensinantes-aprendentes a uma formação digital.
Além do trabalho como orientadora sou casada há vinte e um anos, tenho um filho de dezesseis anos cursando o ensino médio.
Gosto muito de ler e assistir bons filmes e reportagens, mas não tenho interesse por novelas, humorísticos, big brother e talk shows. A literatura abre caminhos para a reflexão a partir de novos questionamentos. Adoro trabalhar com artesanato, principalmente utilizando agulhas, linhas e bordados com pedrarias, mas também arrisco a decoupage e a costura. Este tecer, bordar, mesclar cores e pedras dão uma sensação de rede, de entrelaçar conhecimentos e com isso crescer intelectualmente, além de oferecer momentos de descontração e construção do “belo”.
Espero que aproveitem as informações que vamos disponibilizar, mas contamos também com a colaboração de todos para compartilhar seus conhecimentos.
Sejam bem vindos!!!

REFLEXÕES: ENSINAR E APRENDER NO MUNDO TECNOLÓGICO

Tecnologia em educação não se resume apenas em instrumentos eletrônicos com n giba bites ou acesso em rede, mas sim e também de objetos que sejam ricos em despertar os sentidos, e lembrando o texto das Sereias, as crianças e também a terceira idade vêm prazer em descobrir, em apender. Até mesmo o mais rudimentar objeto desperta o prazer pelo conhecimento, ao educador cabe permear os processos, e para isso deve mostrar a intencionalidade no fazer pedagógico.
Com minha afirmação não estou negando o uso das tecnologias, mas afirmando que ela deve estar presente em todos os momentos de aprendizagem. A criança aprende utilizando todos os sentidos, e parafraseando Lóris Malagucci a criança é composta de cem linguagens e todas devem ser igualmente estimuladas dando todas as condições para que construa suas hipóteses e se aproprie do mundo.
Na educação não existe continuidade no entendimento de como a criança, jovem, adulto aprendem, à partir do ensino fundamental a criança passa a fazer parte de uma estatística, que precisa adquirir tais conhecimentos até determinada fase. Há uma lista de conteúdos, disciplinas estagnadas em si mesmas, a interdisciplinaridade tão defendida na década de 90 somente acirrou mais os ânimos para a separação total. O professor não entende as vantagens em transpor os limites de determinado assunto ou a aplicação dos conhecimentos em diferentes conteúdos, apenas compartimentaliza.
A tecnologia presente nas instituições de ensino dariam conta em oferecer o diferencial na aprendizagem, pois a evolução constante dos equipamentos permitem oferecer estímulos sensórios e interação de conceitos de diferentes disciplinas tornando a aprendizagem significativa, mas por outro lado ainda encontramos educadores temerosos de que seus alunos dominem as máquinas melhor que eles. A tecnologia não faz parte dos cursos de formação e, muitas vezes devido a custos, nem da vida das pessoas.
Como todo assunto tem vias de mão dupla cabe ressaltar também que alguns educadores acreditam que somente a tecnologia dará conta de oferecer a educação. São horas dispendidas em laboratório e o “produto” final não difere do que poderia ser feito num quadro de giz.
O diferencial na aprendizagem/ensinagem, como diria Paulo Freire é que cada um se reconheça crítico a ponto de buscar cada vez mais conhecer o que ensina. Há que se fazer o educador ter clareza da real necessidade de uma formação contínua, seja sobre a forma de ensinar como na de aprender.

EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

Segundo o professor Ladislau Dowbor a escola não está preparada para oferecer o conhecimento no sentido de proporcionar formação continuada, à criança e jovem não ensina a pesquisar e organizar os materiais produzidos, está apegada a toneladas de livros e apostilas sem que haja uma relação com o que se pode produzir com o uso da tecnologia.
Com a crise econômica e conseqüente desemprego e perda de renda o mundo fica cada vez mais à deriva, visto ser nesses momentos que as pessoas precisam de conhecimento para se reerguer, para recomeçar numa nova área e a escola está fechada para ele. A escola só consegue atender àquele que fará uma formação completa, não para se especializar ou buscar o que seria necessário.
Para que a escola consiga atender dessa maneira acredito que toda a organização deverá ser revista. O vestibular, funil que elege apenas os que conseguiram aprender formalmente, precisa urgentemente ser revisto, pois a escola que prepara para essa etapa, mesmo sem ter essa intenção está organizada nestes moldes. Tudo está atrelado ao que as universidades desejam dos futuros alunos. Aliás com grande discrepância. Para chegar à universidade são conteúdos necessários e ao iniciar os cursos as pesquisas passam a ser “conteúdos” e também a capacidade crítica de resolver problemas.
A crítica à escola precisa mudar o foco, e está em discussão o vestibular e seus moldes de realização. À partir daí poderíamos pensar uma escola, utilizando as palavras de Dowbor, não no sentido democratizante no acesso, mas do acesso de qualquer pessoa quando necessitar de uma formação específica.

HIPERTEXTO

É o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual agrega-se outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links. Esses links ocorrem na forma de termos destacados no corpo de texto principal, ícones gráficos ou imagens e têm a função de interconectar os diversos conjuntos de informação, oferecendo acesso sob demanda a informações que estendem ou complementam o texto principal.
O sistema de hipertexto mais conhecido atualmente é a World Wide Web, no entanto a Internet não é o único suporte onde este modelo de organização da informação e produção textual se manifesta.
Aprofundando a pesquisa conseguimos encontrar o início da idéia do hipertexto já no o século XYI quando os copistas criavam códigos para transcrever os manuscritos que tornavam uma linguagem coletiva.
Nos trabalhos escritos utilizando as técnicas e normas do trabalho científico o hipertexto está presente em forma de notas de rodapé ou notas finais.
Acredito que os hipertextos são ferramentas muito importantes e versáteis, principalmente nas TIC, pois facilita a compreensão, antecipa futuras pesquisas, aborda o máximo de informações num mesmo texto, e também poderá ser seguido de forma linear se assim o leitor (navegador) optar.
Há fatores positivos e negativos em todas as descobertas e construções na história da humanidade, e com a era digital não poderia ser diferente.
Nos anos 90 quando introduzíamos nossos alunos na era da informática, com o LOGO sendo utilizado nos primeiros laboratórios da SME, muitos educadores torceram o nariz e rotularam de 'modismo'.
Nos primeiros anos do século XXI nossos alunos já conseguiam navegar na internet, traziam textos, pesquisas, poesias, mensagens. Não havia necessidade da motivação. Tudo era novo e o mundo se descortinava para eles.
Há fatores que facilitam a definição do fazer pedagógico e uma delas é que tive oportunidade de trabalhar lecionando Matemática com uma comunidade bem mesclada economicamente, podendo exemplificar com uma atividade de pesquisa que solicitei, sobre placas tectônicas, montes mais altos e fossas marítimas. Quando os trabalhos foram entregues soube que houve uma organização dos que tinham acesso à Internet, com o objetivo de oferecer aos que não tinham. Evidente que a atividade não tinha o objetivo de excluir, e muito menos valorizar quem conseguiria fazer através da web, visto que qualquer pesquisa seria válida, ao que posso exemplificar com um trabalho escrito à partir das informações do próprio livro didático de Geografia, mas o como as crianças e os jovens têm facilidade em pesquisar, buscar, desbravar.
Os meus colegas educadores nesta época da pesquisa, não aceitavam os trabalhos que fossem impressos, e muito menos com fonte na Internet, pois alegavam que os alunos não liam o que entregavam. O que lhes faltava era a continuidade do trabalho, o que estes colegas fizeram com as informações trazidas?
Na pesquisa que citei, os dados sobre as fossas marítimas serviram como elementos para o estudo de medidas abaixo de zero usando este valor como nível do mar para explicar o conceito de número inteiro e racional relativo. Da mesma forma outra pesquisa – sobre os montes mais altos do mundo – para medidas acima de zero, onde também constataram que a altura é relativa ao nível do mar. A diferença está no objetivo da pesquisa, para que o aluno também tenha interesse em fazer. De outra forma não adiantará proibir o material impresso, pois o aluno poderá copiá-lo e mesmo assim não dar a mínima importância ao teor do texto.
Acredito que devemos influenciar as crianças, adolescentes, jovens e adultos mostrando o que temos de vanguarda em qualquer campo, pois é papel do educador motivar e desenvolver a ação pedagógica de diferentes maneiras, valorizando as facilidades, como também abrindo horizontes para que outros saberes sejam construídos
Hellen Oliveira
Fonte de Pesquisa: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertexto

TIC NA SUPERAÇÃO DE BARREIRAS DE COMUNICAÇÃO

Este texto foi elaborado com o objetivo de exemplificar o uso dos hipertextos e/ou links na escola, mas observando o uso das tecnologias, historicamente construído pelos educadores, acredito ser mais importante, como exemplo concreto da integração da tecnologia com qualidade na educação, da superação por aqueles que não acreditavam ser necessário render-se aos modismos mediáticos, do que descrever um projeto de trabalho.
Nas unidades educacionais onde trabalho como orientadora pedagógica encontrei certa resistência de alguns educadores em utilizar o computador, até mesmo para editar um texto. O orientador pedagógico da educação infantil tem várias frentes de trabalho, diferentes locais e realidades diferentes, dificultando centralizar as informações somente em si,e neste caso o computador e a web se tornam grandes aliados da velocidade destas informações.
Utilizar o computador, seja na escola ou em casa foi uma forma de incentivar os educadores a cerca da tecnologia presente no dia a dia, facilitadora e enriquecedora do trabalho.
Inicialmente, em 2008, propusemos que eles digitassem os planos de ensino e para tanto oferecemos um disquete formatado para o texto a cada um dos educadores. Eles utilizaram o computador da escola ou particular para elaborarem e digitarem o texto. Todos conseguiram entregar, mas com algumas reclamações.
Na escola criamos uma pasta com todos os planos de ensino para elaboração do PP e oferecemos como fonte de pesquisa aos educadores. Uns poucos solicitaram rever seus planos e fizeram isso no próprio arquivo. Não conseguíamos incentivar a maioria e observamos um retrocesso com a entrega das avaliações semestrais em textos escritos a mão.
Durante aquele ano propomos estudar um determinado assunto relativo à educação infantil, mas como as reuniões de TDC têm o caráter de integrar e socializar tudo o que ocorre, não poderíamos estar lendo textos longos, pois utilizaríamos muito tempo sem que pudéssemos refletir sobre as informações, concluindo ser contra producente. Para facilitar este pensar a educação resolvemos que os textos seriam lidos em casa, mas não tínhamos verba para copiar os textos. A partir dessa problemática vimos uma oportunidade ímpar em novamente incentivar o uso da tecnologia digital. Dessa forma os textos foram digitalizados e seriam enviados por mensagem eletrônica. Foi com muita esperança neste caminhar que vimos alguns pedindo ajuda para criar a conta de e-mail ao que oferecemos o computador e rede da escola, onde alguns educadores ofereceram seu conhecimento para auxiliar os outros nesta nova empreitada, dominar a internet. Hoje comunicamos e socializamos tudo pelo e-mail.
Outro ponto a ressaltar são as pastas individuais dos educadores no computador da escola, onde arquivam planos, registros, fotos, atividades, avaliações, textos, e outros. Têm tanto orgulho dos avanços na área tecnológica, que demonstram através dos convites para lermos as pesquisas realizadas, os textos produzidos, os registros, mostram as fotos que tiraram e acrescentam: “editadas por mim”. Outros mostram os pendrivers como troféus e utilizam com facilidade para transportar e copiar os arquivos.
E assim fomos construindo a consciência de que esta tecnologia está presente em todos os momentos e setores da vida, cabendo a cada um superar e aproveitar inteligentemente os recursos oferecidos, não somente em relação à veiculação de informações, mas todas as tecnologias que além de facilitarem a vida, imprimem a ela qualidade.
Mantemos um correio diversificado e hoje conseguem encaminhar mensagens recebidas, ampliaram os grupos para correspondência. Antes haviam críticas dirigidas às pessoas que ficavam até altas horas conectadas, observando os horários de envio, mas atualmente muitos se renderam e também utilizam-se destes horários.
Hellen Oliveira